Finalmente chegou o importante Derby.
A importância deste jogo extravasa sempre as quatro linhas e este ano era de capital importância para os ultras envolvidos. Vamos por partes.
Do lado sportinguista qual será a grande vantagem dos seus grupos estarem devidamente regulamentados? Puderam entrar com o seu material de apoio?

Não. Puderam entrar no Dragão? Sim. Não são ambos os jogos de “alto risco”? Sim. Quem é responsável por os grupos entrarem ou não com as coisas? Hum?
Do lado Benfiquista vitória em toda a linha. Os NN mostraram o seu desagrado com a excelente tochada no

início da partida. Ao contrário de situações anteriores as mesmas voaram para o relvado para a zona de “stewards” e “spotters”.

E à semelhança de situações anteriores fica demonstrado que a segurança nem tudo controla. O caminho é o diálogo com os grupos. E notícias do diálogo até agora…
Nos Diabos uma boa prestação. O sector vazio a criar impacto. A entrada também e a reacção dos adeptos e associados “vizinhos” ao Sector Ultras não poderia ser melhor. A frase “Sintam a Diferença” fez todo o sentido. O facto de a faixa dos DV não ter sido retirada do sector demonstra um abrandamento da atitude de quem dá as ordens para o mesmo. Será por pressões internas no Benfica? Pelas pressões dos grupos e dos “simples” sócios do SLB? Ficam as interrogações mas pelos vistos algo começa a mudar. E é bom que mude mesmo, porque os grupos do Benfica já demonstraram que não vão parar nem de apoiar o seu Clube nem de contestar as medidas injustas que os responsáveis do Benfica continuam a impor.

Apenas mais dois apontamentos: a pressão policial fora do estádio foi enorme. Na praça em frente às sedes de ambos os grupos mais uma vez viveram-se momentos de tensão. Entrada na Sala de Convívio à bastonada, tentativa de impedimento de os DV que se encontravam na sede irem para o estádio,

continuas atitudes provocatórias de uma força que aproveitando o estado do tempo e a fraca permanência de pessoas junto as sedes resolveram mostrar uma força bruta sem qualquer motivo. Não fazemos ideia que manuais são distribuídos ao Corpo de Intervenção da PSP nem que estilo de instrutores possuem, a verdade é que são cada vez mais talhados para missões no Iraque ou no Kosovo que para jogos de futebol. E desta vez até trouxeram os fiéis amigos (não os bacalhaus, mas os cães) para intimidar. Onde estavam o Sr. Laurentino Dias e o Sr. Hermínio Loureiro para verem o que os adeptos sofrem? A assistir a mais alguma conferência dos polícias europeus? Será que lhes ensinam este estilo de coisas?
Um abraço para a secção de pintura do SLB que dedicou a sua manhã a apagar os rastos de contestação que como por magia apareceram um pouco por todo o complexo da Luz na manhã do Derby. Só faltou a tinta branca ter sido substituída por azul. Era assim que gostavam não?