Comecei a frequentar o velhinho Estádio da Luz na época 1989/90. Levado pelo meu pai para o novo terceiro anel (do lado da Av. General Norton de Matos) lembro-me de ficar embevecido com as bandeiras gigantes que esvoaçavam na central. Isso deu o “click” necessário para outra história mas não é a que vos vou contar hoje.
Lembro-me de “estrelas” (sim.. “estrelas”) do futebol Mundial que passaram por essa equipa. Os “redes” eram o Bento e o Silvino. Tínhamos o Aldair, o Ricardo Gomes, o Veloso, o Chalana (já em fim de carreira), o Valdo, o Thern, o Diamantino e o Paneira. O “mauzinho” Elzo e um Paulo Sousa a dar os primeiros passos. Na frente o “mítico” Magnusson , o César Brito (uma espécie de Nuno Gomes) e o Vata (aquele da mão).
Na época seguinte vi desfilar mais “estrelas”: o Rui Aguas, o Schwarz, o Rui Costa, o Isaías, o Iuran e o Kulkov. Começaram a aparecer os “Validos”, os “Hugos Costa” e os “Joões Pires”. Em 1992 chegaram duas: o Futre e o João Pinto. O João Vieira Pinto. Se o primeiro se quedou por uma época, por um contracto financiado pela RTP que manteve o Benfica no “prego” até tempos bem recentes mas fez umas das mais fantásticas exibições que vi ao vivo um jogador fazer (a final da Taça frente ao Boavista), o segundo marcou uma Era.
Se vos disser que após o JVP não houve 10 jogadores que me encheram as medidas no Benfica estarei a mentir? Bem, vamos contar:
- em 94/95 chegou o Michel Preud’homme-
- em 96/97 o brasileiro Amaral
- em 97/98 o Gamarra e o Poborsky
- em 00/01 o Van Hooijdonk
- em 01/02 o Simão Sabrosa
- em 05/06 o Miccoli - em 06/07 o Rui Costa
Se não contar com o Aimar (que ainda não vi jogar) ficamos com… 8.
Número mítico que de 1992 até ao ano 2000 foi envergado pelo JVP.
Hoje o João Pinto despediu-se do futebol. Foi com mágoa que o vi sair do Benfica da maneira que saiu. Foi com mágoa que perdi a aposta que fiz comigo mesmo que nunca iria marcar um golo ao Benfica.
Hoje o JVP foi questionado acerca do seu melhor e pior momento no futebol.
Em relação ao melhor não falou nada em concreto. O pior a agressão ao árbitro Angel Sanchez no Mundial 2002.
Eu tenho a minha opinião. O melhor a noite chuvosa em que assisti em Alvalade a um recital de futebol e a um jogo mágico. O pior? O dia em que o JVP foi apresentado no Sporting. Não por ter sido esse o rumo. Mas pelo entoar de cânticos vindos das bancadas. “Quem não salta é lampião!”. O JVP saltou. O Paulo Bento (apresentado ao seu lado) estava quieto.
Esse momento marcou a minha admiração pelo JVP. Consigo entender a sua mágoa com o Presidente Vale e Azevedo. Consigo até entender alguma pelo Benfica. Mas já lhe devia ter passado.
Despeço-me não do “menino de ouro” mas do “grande artista”. Agradeço-lhe quase tudo o que fez no Benfica.
PS: à margem deste post deixaram um comentário no Blog para o pessoal que vai aos jogos fora visitar este espaço.
De Anónimo a 23 de Julho de 2008 às 15:24
ENORME PAULO BENTO!!
De Anónimo a 23 de Julho de 2008 às 18:29
Foi meu idolo de infancia,é com frustaçao que nem um obrigado lhe consigo dizer.A ti,JVP,desejo-te apenas saude,mas seras sempre,para mim,um Judas.
FN
De Anónimo a 23 de Julho de 2008 às 18:31
o jvp´é daqueles jogadores que se podia dizer que tinham amor á camisola como foi possivel ele ter ido embora e da maneira que foi parece impossivel como é que os socios deixaram aquele pelintra fazer isso jao pinto devia ter acabado a carreira no benfica jvp é desde 94 para cá dos poucos jogadores á benfica que tivemos(raça, vontade ferrea de ganhar ,enorme talento)e mesmo assim deixamo lo ir mesmo depois de ter representado os sapinhos para mim jvp sera sempre o jvp do benfica o jvp dos 3-6 o jvp que fazia golos e jogadas de encantar o jvp que dava tudo em campo o jvp do benfica
norte vermelho
De ... a 23 de Julho de 2008 às 23:52
e uma fotomontagem com o vosso simbolo não havia aí pelo arquivo?
Por acaso não.
E olha que esta deu-me algum trabalho, já que tive de ir vasculhar em álbuns já com alguns aninhos e cheios de pó. E ainda tive de a digitalizar...
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