“São dias como o de hoje que nos definem como Homens. Fizemos a nossa escolha. Somos Ultras ! Ultras livres no apoio ao SL Benfica. O Benfica vive em Nós. Diabos 1982… Demasiado Fiéis para Desistir”
Comecemos pelo fim (ou quase): o clássico frente ao Fóculporto. Após o apito final em Olhão não acredito que houvesse um Benfiquista digno desse nome que não tivesse uma preocupação a ecoar-lhe na mente: “como raio vai o Jesus montar uma equipa para defrontar o nosso maior rival?” As trapalhadas de Olhão do Di Maria (já em Braga foi o mesmo filme), a lesão do Ramires e o amarelo do Fábio Coentrão deixaram-nos preocupados. Até porque a estas ausências se juntaria hipoteticamente (como veio na realidade a acontecer…) o Aimar. Pelo meio duas coisas boas. Um empate ao cair do pano quando já tudo fazia acreditar na reedição da Trofa pelo nossa CAPITÃO Nuno Gomes (que já vai em 11 épocas de Benfica para quem possa não ter reparado) e a ausência de amarelo para o David Luiz. Do mal, o menos pensei. Mas as preocupações não deixavam de… me preocupar. A semana passou e antes do jogo com o AEK fartei-me de na companhia de amigos tentar adivinhar o 11 do Jorge Jesus. Cheguei a apostar no Urreta mas só na hipótese do Ramires não recuperar (deve ter ossos de borracha como referiu um amigo meu…).
Chegou o AEK e mesmo uma equipa de segunda linha foi suficiente para vencer os habitualmente aguerridos gregos. Com uma assistência fraca na Luz salvou-se um jogo aberto, com um ou outro momento emocionante, 2 excelentes golos do Di Maria (uma espécie de pedido de desculpas… tas desculpado puto… mas que não volte a acontecer…) e o apoio dos Gregos. Sempre fanáticos e constantes (de salientar um jantar posterior entre elementos dos DV e do Original 21). Passado este obstáculo (e a equipa do Benfica a “limpar” a fase de grupos da Europa League com alguma facilidade) chegamos ao Clássico. Já dizia alguém que “Clássico é Clássico e vice versa”. E é sempre um Clássico. Se a rivalidade com os Viscondes tem aquele gostinho especial dos colegas da escola, dos de trabalho e dos vizinhos do bairro, com os Andrades a coisa é um pouco diferente. Mete duas faces do mesmo país em disputa. O Norte contra o Sul. Passam os anos e a coisa não muda. Por muitos “andrades” a viver em Lisboa ou pela enorme massa adepta do Benfica no Norte do País… Sim, porque ao contrário do que possam fazer querer, ninguém me tira da cabeça que a maioria dos adeptos do Mondego para cima apoia do Benfica… Adiante… O bom tempo que despertou em Lisboa pela manhã não antevia a tarde / noite de temporal que se abateu sobre a capital. Mesmo assim mais de 60.000 pessoas invadiram o Estádio da Luz e bem cedo se notava que era dia de jogo grande. Alguns adeptos do Porto (adeptos normais) circulavam pela Luz sem grandes problemas, acompanhados na sua generalidade por outros benfiquistas. Nada demais a assinalar fora do Estádio. Tirando uma ou outra conquista on route pelos DV Norte… Luz Cheia e Coreografia organizada pelo SLB. Ao contrário de outras vezes (a chuva nada ajudou) o efeito não foi o esperado… e quem resta para dar cor? As habituais claques. E o que são? Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa são (eram) “A maior preocupação são as claques, pelo seu comportamento menos cívico e historial. São as claques e os comportamentos das pessoas que as integram. Independentemente do clube de que são, têm um comportamento muito desviante em relação a um cidadão normal” Não sei o que o Sr. Policia acha disto. Será que também TODOS os PSP’s têm comportamentos desviantes e batem em velhinhos? Ou não será um comportamento desviante? E agentes PSP’s seguranças de Bares de Alterne? Hum? Atitude preventiva e pedagógica da “velha escola” da “bastonada nessa canalha reaccionária”... Ok, voltemos ao jogo. Onde íamos? Coreografias… Pois… Salvaram-se as claques pois então. DV e NN com belas tochadas /fumaradas e os adeptos do fóculporto com centenas (ou milhares…) de pequenas bandeiras com o número 12 e um par de tochas. E fiquemos por aí. Já que na época das “legalizações” nada como uma good old tochada para animar as hostes. E a dos Diabos foi realmente mítica. Por momentos nada se conseguia ver na Curva Norte da Luz. Fantástico.
Em termos de apoio vocal nada a assinalar. A Sul a espaços. Com contágio do público. Forte. Mas a espaços. A Norte com menos força. Também a espaços. Os visitantes (cerca de 3500) muito fracos. Talvez das piores noites de apoio que vi dos grupos azuis e brancos na Luz. Entrar num jogo a perder nunca é fácil, mas quem teve o exemplo de 2 centenas de gregos uns dias antes manda esse argumento para o lixo… No entanto há algo ainda a apontar cada vez mais na Luz. O apoio “anónimo” do Terceiro Anel. Cada vez melhor cultura de apoio. Muito bom.
Dentro de campo? Bem, um Benfica surpreendente no onze e na atitude (tendo termo de comparação 3 jogo: Braga, Alvalidl e Olhão) num jogo desta dificuldade. Excelente pressão. Magnifica atitude competitiva. Vitória mais que merecida e porque não dizê-lo: parabéns ao Jorge Jesus e tiro o meu chapéu a um Saviola que se no inicio da +época me encheu de dúvidas, hoje dá-me todas as garantias.
E pronto, que mais há a falar? Já me esquecia… O João Pereira. Recebi hoje quando chegava a casa várias SMS’s a dizer: João Pereira no Sporting. Não queria acreditar. Pensei “Bolas, o que faz um gajo como eu no Sporting?” Troca de mensagens, sms’s e umas histórias engraçadas. Que alguém impediu o seu regresso à Luz. A minha questão neste momento é se foi realmente a mesma pessoa que no Domingo quando o viu na Luz o ia impedindo de entrar para o espaço que habitualmente ocupam os ex-jogadores pedindo-lhe o bilhete… Tenho pena que um dos nossos vá para a agremiação dos viscondes quando teve tudo para voltar ao SLB… Simplesmente não quiseram pagar a cláusula de rescisão (coisa que os falidos do Zporting fizeram) para não encher o cú ao Salvador. O que até acho bem. O problema é que depois há que encher outros “cús” a comprar Shaffer’s e Patric’s… E o Miguel Victor? Sempre vai? Carrega Benfica !!!