Este foi talvez o Derby mais tranquilo que assisti no novo Alvalidl. Tranquilo nas curvas e tranquilo (apesar de um ou outro lampejo aqui e ali) no relvado. Começos por aí. Durante semanas foi alimentado o sonho de um resultado histórico em Alvalade. O Zporting estava fragilizado, o Paulo Bento não sabia o que fazia, o Benfica era uma máquina trituradora e iria facilmente vencer com goleada. Tudo perfeito nas hostes do Glorioso. Entretanto o Sporting trocou de treinador e o Benfica demonstrou que falha nos momentos chave. Crítica fácil? Talvez, mas a verdade é que Braga e Alvalidl eram jogos em que nesta fase eram vitórias imperativas. Porquê? Para demonstrar realmente que este Benfica é uma força. Neste momento começam a pairar dúvidas em todas as cabeças. E sobretudo na dos jogadores. É esse o principal desafio. O antídoto é uma vitória frente aos Andrades. Já eliminados da Taça de Portugal e com os horizontes porventura não tão longos como seriam de esperar na Liga Europa (confio plenamente na passagem à próxima fase mas olho com preocupação a putativa lista de equipas que vão “cair” da Champions…)o Campeonato Nacional é o objectivo que mais interessa prosseguir (não me vendam a conquista da Taça da Liga por favor) com vista a justificar o avultado investimento nesta equipa de futebol.
Há que cerrar fileiras e conquistar esse objectivo com a maior brevidade possível. Voltando ao jogo de sábado, o futebol do Benfica esteve uns furos abaixo do costume. Se um empate no Alvalidl é daqueles resultados que no início de cada época até pode parecer simpático (pode apenas…) neste particular foi deprimente. Felizmente que este sentimento é partilhado pela maioria da massa benfiquista e o facto de não celebrarmos, como a agremiação dos viscondes o fez em pleno balneário, este resultado demonstra que estamos no bom caminho. O importante é voltar a encontrar o rumo e não perder os objectivos… Nas curvas o Derby foi fraco. Tirando a excelente coreografia da Juve Leo e as tochadas dos grupos do Benfica nada demais a apontar. Em termos vocais foi morno e não entendo como é que um grupo histórico como a JL ainda não percebeu o ridículo que é ter um jogo inteiro com um sistema de som em altos decibéis que abafavam qualquer tipo de som que possa vir da bancada. Boa presença dos Benfiquistas (talvez o jogo para o Campeonato com melhor presença no novo Estádio), e a constatação do habitual: um DUXXI que não evolui, uma Torcida idem idem aspas aspas e uma Brigada que tem como principal destaque ainda existir. Volto a realçar a imponente coreografia da JL. Bom efeito, apesar de pessoalmente preferir “tifos” de derby com algo relacionado com o mesmo e estes são tão relevantes para um derby como para um Sporting – Leixões. De qualquer maneira, parabéns. Queria aproveitar para destacar um facto: os DV juntaram cerca de 500 pessoas no cortejo. Excelente prova de vitalidade do Grupo. Parabéns ao pessoal que viajou um pouco de todo o país (Alentejo, Algarve, Norte) e sobretudo à rapaziada do Luxemburgo e de Paris que mais uma vez marcou presença. Finalmente a destacar também (pela positiva) a organização do jogo. A entrada no Estádio deu-se sem grandes problemas e resolveram o habitual problema de acumulação das pessoas junto à porta.
Parabéns pelo post. Bem escrito, explícito e isento. De fazer corar muito jornalista da nossa praça. P.S. - Fico contente pela vitalidade demonstrada pelos DV. Parabéns a quem nao deixa morrer um sonho.
Muita gente julgava os Diabos adormecidos, pelos vistos mostraram a toda gente que estão bem vivos, e faz falta a sua mentalidade ao panorama ultra nacional.