Voltando à temática por aqui dominante o que dizer?
A massiva deslocação num domingo à noite dá conta de uma enorme fé que os benfiquistas (apesar de tudo) continuam a depositar nos comandados de Quique Flores. A minha esperança é que a mesma onda se mantenha até Alvalidl e empurre o Benfica para um difícil mas merecido título. Até lá há que lutar. E nisso os Adeptos têm dado o exemplo.
Comecemos pelo início. A Benfica Viagens decidiu (e bem) tomar as rédeas do processo da viagem. Por motivos logísticos a mesma teve de ser feita em dois comboios separa
dos. Um primeiro com DV e restantes adeptos benfiquistas e um segundo com os NN.
À partida de Lisboa centenas (ou mais de um milhar) de adeptos invadiu Santa Apolónia. Ambiente fantástico. Esperança. Preparativos. O Benfica em "transferta". Um "cheirinho" que apenas aparece nestes jogos. Após Guimarães esta é a transferta do ano.
O primeiro comboio põe-se em marcha. As habituais caras são completada por m
uita gente nova. Os DV começam a ter um espírito de grupo interessante. Pessoal novo bem integrado, amizade, convívio. Circula a cerveja e outros quejandos. Fazem-se as primeiras paragens. Entroncamento e Coimbra. Chegam os reforços dos DV da região centro. Os habitues. Mais uma paragem. Estarreja. Mais reforços. Aos DV de Lisboa e
do centro juntam-se os
DV Norte (que apresentam uma nova dinâmica a acompanhar de perto)- Aparecem também os sempre fiéis DV Luxemburgo e Paris (já agora pessoal de Paris, repararam que no Dragum os DV ficaram na zona junto ao relvado ????). Faltam poucos kms de carris. Os cânticos habituais à chegada ao Porto. As bandeiras e as faixas são desfraldadas e arrumadas. Estamos prontos. Saímos da gare de Campanhã. Escolta policial.
Entretanto chega o outro comboio. Cânticos de lado a lado. Juntam-se ao cordão e começa a marcha para o Dragum.
As paragens são constantes. Um amigo meu fala com outro que já se encontra junto à porta de
entrada dos benfiquistas "Ouviu dizer que só nos vão deixar entrar em cima da hora". Pensei que pudesse ser apenas boato. Afinal não. A curta distância entre Campanhã e o Dragum é feita a conta gotas. Finalmente chegamos. Alguns arremessos de objectos de longe e cânticos anti Benfica e pouco mais. O contacto é evitado. No entanto tanta segurança não evitou que uns metros mais à frente duas grades de esgoto (!!!) com mais de um metro cada uma sejam arremessadas do anel pedonal do Dragum. Uma delas acerta num elemento do CI a poucos metros de onde estou. Avançamos para a porta e começa o caos. Quantos Stewards? 2 ou 3? 10? Não sei. Sei que porventura senti 0,5% do que sentiram os adeptos que morreram em Hillsborough. Fomos constantemente empurrados para grades e paredes. O descontrolo era total e ape
nas se conseguia um limite ao ritmo de bastonadas. Assisti a isto nas prime
iras filas. Incrível. Parecíamos gado. Não há respeito algum pelo espectador / pagador. Passados 15 minutos do início do jogo lá consegui entrar (amigos meus nem o golo do Yebda viram). Pelo caminho vi ficarem cachecóis Anti-porto, tubos de bandeiras e as frases que os DV pintaram. Ah, e vi pessoas a descalçarem-se. Todas.
Entro no estádio. Muita gente já se encontrava dentro, mas o sector visitante ainda tinha clareiras (que só perto do intervalo desapareceram). Cantam-se os habituais cânticos de apoio. Forte apoio Benfiquista. Ao nosso lado o Colectivo do Porto mal se ouvia. Bom sinal. Cantamos em bom volume. Apoio constante. Golo. Explosão de alegria. Parecia que todos aqueles minutos de sofrimento para entrarmos não passaram de um sonho mau. Intervalo. Yebda dava-nos uma vantagem merecida. Moreira defendia-a. Segunda parte. Os DV improvisam um tifo de balões que deveria ter sido feito no início. O Benfica vai defendendo e atacando com cabeça e senhor do jogo. O Fóculporto vai tentando aqui e a ali marcar. Conseguem. Um penalty que não existiu. Empate a um. Até final do jogo pouco mais há a dizer. Uma oportunidade no cair do pano e pouco mais. Apito final. O
Nuno Gomes manda a equipa agradecer aos adeptos e oferecer as camisolas (Bravo Capitão). O Estádio fica só para nós e o responsável do som resolve rebentar com as colunas para abafar os nossos cânticos. Não consegue abafar o orgulho que é ser do Benfica.
Pouco tempo depois saímos. De volta a Campanhã e aos nossos comboios. O convívio continua na viagem para baixo mas intercalado com bocejos e sono. Chegamos a Lisboa perto das 3h30. Espera
va-nos a Benfica TV, o João Gabriel e o Paulo Gonçalves. Bem sei que provavelmente só ali estavam porque foi a Benfica Viagens a organizar a "transferta" mas pelo que me toca soube bem ver os Dirigentes do Benfica à espera dos seus adeptos.
Relativamente ao
Comunicado do SLB pouco há a dizer. A partir do momento que a segurança nos Estádios é controlada por assalariados de uma empresa paga pelo promotor do espectáculo esta irá sempre depender da vontade desse promotor. Desta vez tudo foi feito para prejudicar os adeptos do Benfica.
Destaques da Noite? O espectáculo vocal da "Curva Benfica" e a excelente coreografia da Curva Norte portista. Espectacular.