Um amigo meu tem uma história curiosa. Um dia estava no Centro Comercial Fonte Nova, ali pertinho do Estádio da Luz e viu um jogador do Benfica ali a passear. Virou-se para o amigo que o acompanhava e disse “Aquele gajo é um grande Benfiquista”. Passado um dia, um mísero dia, aquele jogador tinha assinado pelo Sporting. Chamava-se Pacheco (e era à altura um dos meus jogadores favoritos).
Esta história do meu amigo faz me sempre recordar como são efémeras estas coisas do futebol no que a jogadores (e agora já dirigentes) diz respeito.
Tive diversos casos assim na minha vida de Adepto. Nunca percebi porque o Águas tinha ido para o Porto. Nem o Yuran e o Kulkov. Nunca percebi como é que o João Pereira foi capaz de assinar pelo Sporting. Ou o Moutinho pelo Porto. Ou o Drulovic pelo Benfica. Ou o Nuno Gomes pelo Braga.
Como adepto esses actos são vistos como uma traição a muitos valores, e escusam de me vir falar dos exemplos que vêm de Milão entre os grandes clubes da cidade ou daqueles que fazem umas temporadas lá fora e quando regressam a Portugal vão para o maior rival do clube que representavam antes de emigrar… (Simão… Carlos Martins… por exemplo).
O Futebol para mim ainda não atingiu esse nível de racionalidade ou de “profissionalismo”. É uma coisa minha vá…
Nos últimos dois dias vi duas notícias que me fizeram um pouco pensar nestas minhas “coisas” do jogador ser um dos “nossos”: as declarações do Ruben Amorim e a renovação do Javi Garcia.
São dois casos em tudo diferentes. Um joga e é titularíssimo do Benfica. Outro era um suplente de qualidade. Um é Espanhol e muito provavelmente nunca sonhou jogar no Benfica. Outro é Português, diz que é benfiquista desde o berço, fez as camadas jovens no Benfica e cá veio parar depois de uma passagem no Belenenses…
Um conseguiu perceber o que é o Benfica.
Outro parece que não...
Curiosamente o que percebeu… é o Espanhol.
Parabéns pela renovação Javi. És um Campeão. És um jogador à Benfica.
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