Quarta-feira, 30 de Maio de 2007
Na Revista "Única" (publicação que acompanha o "Expresso") deste fim de semana vem uma reportagem que visa explicar a má época do nosso Benfica.
ALém da report foi pedida a opinião a 4 personalidades relaccionadas com o Benfica. Bagão Felix, Leonor Pinhão, António Pedro Vasconcelos e o escritor José Luis Peixoto. É o comentário deste último que achamos mais interessante. Na integra:
"O Problema foi a inconstância e a inconsistência
Em muitos aspectos, parece-me que o Benfica posterior à década de 80 é um protótipo de algo maior, talvez do nosso país ou mesmo da nossa natureza identitária mais profunda. Como adepto moderado de futebol e , também nessa medida, adepto do Benfica, já há muito tempo que me habituei a esperar o melhor, mas a estar muito bem preparado para o pior. O melhor são as sequências mais ou menos continuadas de vitórias e que, a nível europeu, podem mesmo ser geradoras de entusiasmo e de um espírito quase confiante. A confiança, no entanto, nunca pode ser inabalável, porque qualquer benfiquista minimamente atento sabe que o pior são as derrotas ou os empates inexplicáveis que, muitas vezes, surgem no culminar dessas sequências de vitórias. O bom e o excelente tem sido entremeado pelo mau e, em algumas ocasiões, pelo péssimo. O problema não foram as lesões, a arbitragem ou o excesso de jogos. O problema foi a inconstância e a inconsistência. Quanto à culpa, essa é outra conversa. A culpa é de todos. A começar por mim próprio, que não fui ao estádio apoiar a equipa tantas vezes quantas deveria ter ido se queria de facto que vencessem o campeonato. A culpa é de todos aqueles que não se envolvem senão no momento de apontar o dedo aos culpados. A culpa é daqueles que apenas aplaudem as vitórias e que criticam sempre as derrotas. Também eles, à sua maneira, são inconstantes e inconsistentes."
O José Luis Peixoto mete o dedo na ferida. Será que todos nós que criticamos o desempenho do Benfica (ou da Curva) demos o máximo? Será que nós seriamos capazes de fazer melhor? Será que não temos obrigação de dar o máximo no apoio às nossas cores para depois poder exigir que as "nossas cores" dêm o máximo ?
Interrogações de resposta simples...
Honra aos Ultras
Na Revista "Única" (publicação que acompanha o "Expresso") deste fim de semana vem uma reportagem que visa explicar a má época do nosso Benfica.
ALém da report foi pedida a opinião a 4 personalidades relaccionadas com o Benfica. Bagão Felix, Leonor Pinhão, António Pedro Vasconcelos e o escritor José Luis Peixoto. É o comentário deste último que achamos mais interessante. Na integra:
"O Problema foi a inconstância e a inconsistência
Em muitos aspectos, parece-me que o Benfica posterior à década de 80 é um protótipo de algo maior, talvez do nosso país ou mesmo da nossa natureza identitária mais profunda. Como adepto moderado de futebol e , também nessa medida, adepto do Benfica, já há muito tempo que me habituei a esperar o melhor, mas a estar muito bem preparado para o pior. O melhor são as sequências mais ou menos continuadas de vitórias e que, a nível europeu, podem mesmo ser geradoras de entusiasmo e de um espírito quase confiante. A confiança, no entanto, nunca pode ser inabalável, porque qualquer benfiquista minimamente atento sabe que o pior são as derrotas ou os empates inexplicáveis que, muitas vezes, surgem no culminar dessas sequências de vitórias. O bom e o excelente tem sido entremeado pelo mau e, em algumas ocasiões, pelo péssimo. O problema não foram as lesões, a arbitragem ou o excesso de jogos. O problema foi a inconstância e a inconsistência. Quanto à culpa, essa é outra conversa. A culpa é de todos. A começar por mim próprio, que não fui ao estádio apoiar a equipa tantas vezes quantas deveria ter ido se queria de facto que vencessem o campeonato. A culpa é de todos aqueles que não se envolvem senão no momento de apontar o dedo aos culpados. A culpa é daqueles que apenas aplaudem as vitórias e que criticam sempre as derrotas. Também eles, à sua maneira, são inconstantes e inconsistentes."
O José Luis Peixoto mete o dedo na ferida. Será que todos nós que criticamos o desempenho do Benfica (ou da Curva) demos o máximo? Será que nós seriamos capazes de fazer melhor? Será que não temos obrigação de dar o máximo no apoio às nossas cores para depois poder exigir que as "nossas cores" dêm o máximo ?
Interrogações de resposta simples...
Honra aos Ultras
Sábado, 26 de Maio de 2007
Esta semana, e mais uma vez, o jornal gratuito “Diário Desportivo” apresenta um artigo acerca das claques de futebol. Esta reportagem é de se saudar. Não só porque o “Diário Desportivo” tem tido uma postura correcta a analisar o fenómeno, e também porque nos seus “quadros” tem o sociólogo Daniel Seabra, que várias vezes dedicou artigos e livros ao movimento ultra. E é sempre um defensor. Mostrando saber os terrenos em que pisa e não caindo na crítica fácil às claques sempre que algo de grave acontece. O artigo (sem as fotos; uma dos Diabos, outra da JL e outra dos Super Dragões) encontra-se na sua totalidade postado, no entanto pensamos que são necessários alguns comentários ao mesmo.
Em primeiro lugar o Daniel Seabra mete o dedo na ferida acerca da legalização das claques. Na realidade para que serve isso? Para conhecer os elementos? Sim. As claques em Portugal têm uma dimensão enorme e as polícias não conhecem os seus elementos quase na sua totalidade. Pura medida ilusória e tipicamente para atirar "areia para os olhos" da opinião pública.
Depois (e finalmente...) a opinião de que as claques não são bandos de marginais e que têm todo o tipo de elementos. Este discurso é adoptado (e com razão) pelos elementos das claques, mas vindo de alguém de fora é sempre de salutar.
A política nas claques também é aflorada. Mais uma vez o que é dito demonstra conhecimento.
No entanto é no quarto ponto que temos de discordar com o Antropólogo. Assalariados nas claques? Para quê? Vamos ao essencial. O que é uma claque? Paixão e Amor exacerbado pelo seu clube!
Esse amor deve ser assalariado? Não. As pessoas perdem horas de trabalho, escola, família, namoradas(os)? Certo. Mas serão horas inteiramente perdidas? Quem se envolve mais no movimento sabe o prazer que lhe dá uma boa "transferta", uma boa coreografia ou um bom cântico. Sabe o prazer que lhe dá encontrar amizades que duram anos após anos e ultrapassam em muito os 90 minutos de um jogo. Ou mesmo uma semana de preparação de um tifo.
Há coisas erradas nas claques? Há. Como em tudo na vida há aspectos a considerar, a sociedade não é perfeita (é uma frase feita mas aplicável) e as claques são o espelho. Em relação ao exemplo de Palumella: o dirigente assalariado no Napoli é hoje um proscrito na sua curva, sendo que até uma frase gigantesca foi feita pela curva napolitana contra o seu antigo líder.
Finalmente a pequena caixa acerca das diferenças entre Itália e Argentina. Não está mau de todo, com a excepção de ser voz comum em Itália que o polícia em Catania foi morto pela própria polícia e que talvez uma visão do panorama britânico fosse aconselhável, já que também influencia as coisas por cá.
Esta semana, e mais uma vez, o jornal gratuito “Diário Desportivo” apresenta um artigo acerca das claques de futebol. Esta reportagem é de se saudar. Não só porque o “Diário Desportivo” tem tido uma postura correcta a analisar o fenómeno, e também porque nos seus “quadros” tem o sociólogo Daniel Seabra, que várias vezes dedicou artigos e livros ao movimento ultra. E é sempre um defensor. Mostrando saber os terrenos em que pisa e não caindo na crítica fácil às claques sempre que algo de grave acontece. O artigo (sem as fotos; uma dos Diabos, outra da JL e outra dos Super Dragões) encontra-se na sua totalidade postado, no entanto pensamos que são necessários alguns comentários ao mesmo.
Em primeiro lugar o Daniel Seabra mete o dedo na ferida acerca da legalização das claques. Na realidade para que serve isso? Para conhecer os elementos? Sim. As claques em Portugal têm uma dimensão enorme e as polícias não conhecem os seus elementos quase na sua totalidade. Pura medida ilusória e tipicamente para atirar "areia para os olhos" da opinião pública.
Depois (e finalmente...) a opinião de que as claques não são bandos de marginais e que têm todo o tipo de elementos. Este discurso é adoptado (e com razão) pelos elementos das claques, mas vindo de alguém de fora é sempre de salutar.
A política nas claques também é aflorada. Mais uma vez o que é dito demonstra conhecimento.
No entanto é no quarto ponto que temos de discordar com o Antropólogo. Assalariados nas claques? Para quê? Vamos ao essencial. O que é uma claque? Paixão e Amor exacerbado pelo seu clube!
Esse amor deve ser assalariado? Não. As pessoas perdem horas de trabalho, escola, família, namoradas(os)? Certo. Mas serão horas inteiramente perdidas? Quem se envolve mais no movimento sabe o prazer que lhe dá uma boa "transferta", uma boa coreografia ou um bom cântico. Sabe o prazer que lhe dá encontrar amizades que duram anos após anos e ultrapassam em muito os 90 minutos de um jogo. Ou mesmo uma semana de preparação de um tifo.
Há coisas erradas nas claques? Há. Como em tudo na vida há aspectos a considerar, a sociedade não é perfeita (é uma frase feita mas aplicável) e as claques são o espelho. Em relação ao exemplo de Palumella: o dirigente assalariado no Napoli é hoje um proscrito na sua curva, sendo que até uma frase gigantesca foi feita pela curva napolitana contra o seu antigo líder.
Finalmente a pequena caixa acerca das diferenças entre Itália e Argentina. Não está mau de todo, com a excepção de ser voz comum em Itália que o polícia em Catania foi morto pela própria polícia e que talvez uma visão do panorama britânico fosse aconselhável, já que também influencia as coisas por cá.
Sexta-feira, 25 de Maio de 2007
Pois é rapaziada.
Ao fim de algum tempo e muita (acreditem muita…) ponderação nasce este pequeno projecto que visa exprimir algumas ideias e considerações acerca da nossa paixão e vivência no dia a dia de apoio às nossas cores.
Pretende-se transmitir sempre ideias positivas e concretas. As críticas são aceites assim como comentários (moderados obviamente, já estavam a esfregar as mãos não era, seus gulosos???)
Ultras Sempre
Velho Estilo – Ultras Benfica
Pois é rapaziada.
Ao fim de algum tempo e muita (acreditem muita…) ponderação nasce este pequeno projecto que visa exprimir algumas ideias e considerações acerca da nossa paixão e vivência no dia a dia de apoio às nossas cores.
Pretende-se transmitir sempre ideias positivas e concretas. As críticas são aceites assim como comentários (moderados obviamente, já estavam a esfregar as mãos não era, seus gulosos???)
Ultras Sempre
Velho Estilo – Ultras Benfica