Terça-feira, 26 de Junho de 2007
"O presidente da Liga, Hermínio Loureiro, vai levar à Assembleia Geral de sexta-feira uma proposta de redução do preço dos bilhetes para os jogos da 1.ª Liga e Liga de Honra.
O alto custo dos ingressos nos estádios tem sido um dos factores apontados para a quebra de assistências que se tem registado no futebol português. Hermínio Loureiro, que tem dado passos no sentido de avançar para algumas reformas, decidiu apresentar uma proposta concreta na AG que se realiza sexta-feira.
A redução proposta não deverá chegar aos 10 por cento e é natural que os clubes pretendam debater o assunto com especial cuidado, uma vez que a norma tem sido precisamente a contrária. Isto é, os preços dos bilhetes têm aumentado anualmente e não diminuído. A AG da Liga irá também apreciar e votar as alterações aos regulamentos. Os clubes já têm na sua posse o projecto que a direcção da Liga pretende fazer aprovar."
in Record
Vale uma aposta que esta proposta não passará do papel (além de que a redução proposta é ridicula...) ?
"O presidente da Liga, Hermínio Loureiro, vai levar à Assembleia Geral de sexta-feira uma proposta de redução do preço dos bilhetes para os jogos da 1.ª Liga e Liga de Honra.
O alto custo dos ingressos nos estádios tem sido um dos factores apontados para a quebra de assistências que se tem registado no futebol português. Hermínio Loureiro, que tem dado passos no sentido de avançar para algumas reformas, decidiu apresentar uma proposta concreta na AG que se realiza sexta-feira.
A redução proposta não deverá chegar aos 10 por cento e é natural que os clubes pretendam debater o assunto com especial cuidado, uma vez que a norma tem sido precisamente a contrária. Isto é, os preços dos bilhetes têm aumentado anualmente e não diminuído. A AG da Liga irá também apreciar e votar as alterações aos regulamentos. Os clubes já têm na sua posse o projecto que a direcção da Liga pretende fazer aprovar."
in Record
Vale uma aposta que esta proposta não passará do papel (além de que a redução proposta é ridicula...) ?
Segunda-feira, 25 de Junho de 2007
Motivados pelas fortes multas a que se viram submetidos pelo delito de serem ULTRAS (totalmente desproporcionados e na maioria dos casos sem fundamento) as Legiones Sur colocaram à venda uma t-shirt com este logotipo (no original não faz referência ao nome do grupo) nas cores branca e negra (disponível em breve).
Todo o dinheiro angariado com a venda das t-shirt’s será destinado integralmente a todos os ultras sancionados.
As Legiones agradecem a todos os que colaborarem com eles a nível particular e a todos os grupos amigos. O que não os mata fá-los mais fortes. E mesmo com pessoas com multas de 3000, 4000 e 6000 € continuarão resistindo e lutando pelas suas crenças e pelo seu modo de vida.
Longa Vida aos Ultras !!!
Para conseguirem uma camisola e ajudarem as Legiones podem enviar um e-mail para o grupo (
legiones1992@gmail.com) ou através do e-mail do Blog.
Obrigado
Motivados pelas fortes multas a que se viram submetidos pelo delito de serem ULTRAS (totalmente desproporcionados e na maioria dos casos sem fundamento) as Legiones Sur colocaram à venda uma t-shirt com este logotipo (no original não faz referência ao nome do grupo) nas cores branca e negra (disponível em breve).
Todo o dinheiro angariado com a venda das t-shirt’s será destinado integralmente a todos os ultras sancionados.
As Legiones agradecem a todos os que colaborarem com eles a nível particular e a todos os grupos amigos. O que não os mata fá-los mais fortes. E mesmo com pessoas com multas de 3000, 4000 e 6000 € continuarão resistindo e lutando pelas suas crenças e pelo seu modo de vida.
Longa Vida aos Ultras !!!
Para conseguirem uma camisola e ajudarem as Legiones podem enviar um e-mail para o grupo (
legiones1992@gmail.com) ou através do e-mail do Blog.
Obrigado
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
Comunicado:
Respeito profundamente, como sempre fiz, a opinião de todos, sobretudo dos adeptos, que são o verdadeiro coração do Clube, relativamente às minhas qualidades desportivas.
O Benfica sempre se construiu de muitas vontades e muitas opiniões. Cresci aprendendo a respeitar as opções, as diferenças e as opiniões alheias.
No entanto considero-me magoado pela forma como o meu empenho, dedicação, profissionalismo e amor ao Benfica foram postos em causa. Tenho dado sempre, ao longo da minha vida, demonstrações claras e inequívocas da minha disponibilidade para servir o Benfica.
Recordo que, em 1994, tinha eu 22 anos, o Benfica enfrentava uma situação financeira muito delicada. A minha saída para Itália, a transferência mais cara da época, foi solução para a crise gravíssima do Clube.
Tivessem homens providenciais aparecido, nesses tempos difíceis e conturbados, a ajudar o Benfica, e talvez a minha história profissional fosse diferente. Talvez nunca tivesse necessidade de ter deixado o Clube.
Quero que fique bem claro que nada, rigorosamente nada, me demoverá de continuar a sentir como sempre senti, orgulho, paixão e honra por defender a camisola e os valores do Sport Lisboa e Benfica.
Aceito o recente pedido de desculpas tornado público pelo Sr. José Manuel Berardo.
Mas, se é verdade, que no mercado dos negócios que o Sr. José Manuel Berardo parece conhecer tão bem, o meu valor futebolístico pode ter um preço, a minha dignidade não tem!
Rui Manuel Costa
Lisboa, 20 de Junho de 2007
Comunicado:
Respeito profundamente, como sempre fiz, a opinião de todos, sobretudo dos adeptos, que são o verdadeiro coração do Clube, relativamente às minhas qualidades desportivas.
O Benfica sempre se construiu de muitas vontades e muitas opiniões. Cresci aprendendo a respeitar as opções, as diferenças e as opiniões alheias.
No entanto considero-me magoado pela forma como o meu empenho, dedicação, profissionalismo e amor ao Benfica foram postos em causa. Tenho dado sempre, ao longo da minha vida, demonstrações claras e inequívocas da minha disponibilidade para servir o Benfica.
Recordo que, em 1994, tinha eu 22 anos, o Benfica enfrentava uma situação financeira muito delicada. A minha saída para Itália, a transferência mais cara da época, foi solução para a crise gravíssima do Clube.
Tivessem homens providenciais aparecido, nesses tempos difíceis e conturbados, a ajudar o Benfica, e talvez a minha história profissional fosse diferente. Talvez nunca tivesse necessidade de ter deixado o Clube.
Quero que fique bem claro que nada, rigorosamente nada, me demoverá de continuar a sentir como sempre senti, orgulho, paixão e honra por defender a camisola e os valores do Sport Lisboa e Benfica.
Aceito o recente pedido de desculpas tornado público pelo Sr. José Manuel Berardo.
Mas, se é verdade, que no mercado dos negócios que o Sr. José Manuel Berardo parece conhecer tão bem, o meu valor futebolístico pode ter um preço, a minha dignidade não tem!
Rui Manuel Costa
Lisboa, 20 de Junho de 2007
Terça-feira, 19 de Junho de 2007
O final da passada semana foi pródigo em imagens de futebol moderno que cada vez mais vão consumindo o fogo da real paixão do verdadeiro “adepto da bola”.
Comecemos pela que nos é mais cara: a tentativa de OPA do milionário Joe Berardo à SAD do Benfica.
Principal ilação a reter: o que o Comendador Berardo está a comprar são as acções (ou títulos ou outro nome pomposo que lhe queiram dar) da SAD do Sport Lisboa e Benfica, ou seja, o Sr. Berardo não está a comprar o Benfica. Isso não se compra. Sente-se. A sua história, os seus títulos, os milhões de adeptos e especialmente as poucas centenas ou dezenas como nós (Ultras) que acompanham para todo o lado a equipa pela qual sofrem todos os dias da semana. Como o Estádio da Luz que (hoje já ninguém se lembra…) quando houve tentativa de venda do seu nome (e acreditem que houve mesmo) foram os Diabos os ÚNICOS a mostrarem explicitamente a sua posição e indignação para tal. Será que fez efeito? Nunca saberemos, mas também é verdade que nunca mais se ouviu falar de tal situação.
Mas voltemos à OPA do Sr. Berardo. O Sr. Berardo é um puro especulador bolsista que fez a sua vida a pulso e (dizem as más línguas, mas há tanta coisa que se diz por aí…) com esquemas mais ou menos fraudulentos de compras e vendas de pequenas empresas e de obras de arte. Hoje é um dos mais ricos portugueses. Isso é indesmentível. O Sr. Berardo pretende “opar” as acções que foram postas à disponibilidade do público em geral (e não as acções do Benfica Clube na SAD, que faz com que o Benfica tenha posição maioritária e blindada na SAD) e nesse público em geral está uma empresa chamada Olivedesportos que detém 4,08% da SAD. Isto além do facto que 2 dirigentes do Benfica têm também participações demasiado importantes: o Presidente LFV (0,91%) e especialmente Manuel Vilarinho (12,27%), provavelmente para pagarem dívidas do clube a estas pessoas. O resto está disperso por benfiquistas de coração (sim, porque mais ninguém investe em SAD’s sem serem adeptos) que provavelmente (na sua maioria) não querem vender as acções. Serão obrigados pela OPA? O futuro o dirá. Será negativa a entrada do Joe Berardo na SAD do Benfica? Não creio. Será negativa a aproximação destas personagens aos Clubes? Sem dúvida. Basta pensar num raciocínio lógico e possível: pegando no exemplo Chelsea e Abrahamovic, é fácil imaginar o que aconteceria ao Chelsea se de um momento para o outro deixasse de depender dos milhões do milionário russo, com a sua enorme carga salarial, a sua quase ausência patrimonial (esse perigo corre o Benfica, a venda de património, mas não é isso que já andaram a fazer?) e toda uma dinâmica de vitórias que de um momento para o outro desapareceriam com a ausência dos milhões russos. Como se sentiriam adeptos que nas décadas passadas estiveram por algumas vezes em divisões inferiores, hoje ganham títulos e amanhã voltariam a andar na corda bamba?
A Opa do Sr. Berardo terá provavelmente sucesso, mas vamos ver se esse sucesso não é apenas efémero.
Mais assusta quando se nota perfeitamente que a estrutura dirigente do Benfica estava completamente a par da situação e fingiu (jogada tipicamente política) ter sido apanhada de surpresa.
A segunda situação diz respeito ao Real Madrid e à sua vitória no campeonato espanhol. Nada quero acrescentar à justiça ou não da vitória (até porque me deu um gozo especial a arrogância do Barcelona vergada no final), mas que tipo de festa era aquela? Bolas gigantes? Dançarinas? Jogadores entrando um por um com uma camisola com o número 30 e nome “Campeones” já com o patrocínio da próxima época estampado? Festa popular? Pura jogada de marketing e futebol moderno (a nossa foi ao mesmo nível, valeu pela festa improvisada na Mealhada).Que pena o Athletic Bilbao nunca lutar para o título. Seria um prazer ver a única equipa das principais ligas europeias vencer uma competição sem ceder a SAD’s, jogadores estrangeiros, patrocínios nas camisolas…
Que pena não ter vivido numa época em que o Sport Lisboa e Benfica era exactamente assim…
O final da passada semana foi pródigo em imagens de futebol moderno que cada vez mais vão consumindo o fogo da real paixão do verdadeiro “adepto da bola”.
Comecemos pela que nos é mais cara: a tentativa de OPA do milionário Joe Berardo à SAD do Benfica.
Principal ilação a reter: o que o Comendador Berardo está a comprar são as acções (ou títulos ou outro nome pomposo que lhe queiram dar) da SAD do Sport Lisboa e Benfica, ou seja, o Sr. Berardo não está a comprar o Benfica. Isso não se compra. Sente-se. A sua história, os seus títulos, os milhões de adeptos e especialmente as poucas centenas ou dezenas como nós (Ultras) que acompanham para todo o lado a equipa pela qual sofrem todos os dias da semana. Como o Estádio da Luz que (hoje já ninguém se lembra…) quando houve tentativa de venda do seu nome (e acreditem que houve mesmo) foram os Diabos os ÚNICOS a mostrarem explicitamente a sua posição e indignação para tal. Será que fez efeito? Nunca saberemos, mas também é verdade que nunca mais se ouviu falar de tal situação.
Mas voltemos à OPA do Sr. Berardo. O Sr. Berardo é um puro especulador bolsista que fez a sua vida a pulso e (dizem as más línguas, mas há tanta coisa que se diz por aí…) com esquemas mais ou menos fraudulentos de compras e vendas de pequenas empresas e de obras de arte. Hoje é um dos mais ricos portugueses. Isso é indesmentível. O Sr. Berardo pretende “opar” as acções que foram postas à disponibilidade do público em geral (e não as acções do Benfica Clube na SAD, que faz com que o Benfica tenha posição maioritária e blindada na SAD) e nesse público em geral está uma empresa chamada Olivedesportos que detém 4,08% da SAD. Isto além do facto que 2 dirigentes do Benfica têm também participações demasiado importantes: o Presidente LFV (0,91%) e especialmente Manuel Vilarinho (12,27%), provavelmente para pagarem dívidas do clube a estas pessoas. O resto está disperso por benfiquistas de coração (sim, porque mais ninguém investe em SAD’s sem serem adeptos) que provavelmente (na sua maioria) não querem vender as acções. Serão obrigados pela OPA? O futuro o dirá. Será negativa a entrada do Joe Berardo na SAD do Benfica? Não creio. Será negativa a aproximação destas personagens aos Clubes? Sem dúvida. Basta pensar num raciocínio lógico e possível: pegando no exemplo Chelsea e Abrahamovic, é fácil imaginar o que aconteceria ao Chelsea se de um momento para o outro deixasse de depender dos milhões do milionário russo, com a sua enorme carga salarial, a sua quase ausência patrimonial (esse perigo corre o Benfica, a venda de património, mas não é isso que já andaram a fazer?) e toda uma dinâmica de vitórias que de um momento para o outro desapareceriam com a ausência dos milhões russos. Como se sentiriam adeptos que nas décadas passadas estiveram por algumas vezes em divisões inferiores, hoje ganham títulos e amanhã voltariam a andar na corda bamba?
A Opa do Sr. Berardo terá provavelmente sucesso, mas vamos ver se esse sucesso não é apenas efémero.
Mais assusta quando se nota perfeitamente que a estrutura dirigente do Benfica estava completamente a par da situação e fingiu (jogada tipicamente política) ter sido apanhada de surpresa.
A segunda situação diz respeito ao Real Madrid e à sua vitória no campeonato espanhol. Nada quero acrescentar à justiça ou não da vitória (até porque me deu um gozo especial a arrogância do Barcelona vergada no final), mas que tipo de festa era aquela? Bolas gigantes? Dançarinas? Jogadores entrando um por um com uma camisola com o número 30 e nome “Campeones” já com o patrocínio da próxima época estampado? Festa popular? Pura jogada de marketing e futebol moderno (a nossa foi ao mesmo nível, valeu pela festa improvisada na Mealhada).Que pena o Athletic Bilbao nunca lutar para o título. Seria um prazer ver a única equipa das principais ligas europeias vencer uma competição sem ceder a SAD’s, jogadores estrangeiros, patrocínios nas camisolas…
Que pena não ter vivido numa época em que o Sport Lisboa e Benfica era exactamente assim…
Segunda-feira, 11 de Junho de 2007
O movimento ultra italiano continua (e continuará…) a ser uma referência para muitos. Confesso total admiração por um estilo que com o passar dos anos tem sabido adaptar-se às novas realidades (e modas) e continua a mostrar-se forte mesmo com as medidas de repressão que cada vez mais vão tentando estrangular os ultras. No entanto, em Itália, os ultras e a sua cultura são parte integrante da sociedade (isto não são “tretas”, são ilações retiradas no “terreno”) e muito dificilmente o poder estatal (políticos + polícias) conseguirá impedir os ultras de levarem a sua avante. É que quando dão “diffide” a alguém, aparecem logo mais “camadas jovens” para entrar na “Curva”. É assim o movimento italiano. Sempre a rejuvenescer.
No entanto estas linhas hoje têm um assunto particular: Gemellaggio.
O Genoa e o Napoli ascenderam ontem à Série A italiana, da qual estavam afastados há demasiado tempo. Calhou em destino que o último jogo do calendário da Série B fosse entre esses velhos amigos. E calhou em destino também que o jogo fosse decisivo (mais para o Genoa que para o Napoli) na ascenção à primeira categoria.
Deu empate, e com o empate caseiro do Piacenza (as regras da série B implicam que haja uma diferença do 3º para o 4º classificado igual ou superior a 10 pontos para não existir play off) ambas subiram.
O que se seguiu? Uma festa comum em pleno relvado do Luigi Ferraris. Ultra, adeptos, jogadores e dirigentes abraçados a festejar a subida. Seria possível em Portugal? Duvido… Os jornalistas que tanto atacam as claques (salvo raras excepções) iriam enaltecer esse espírito? Duvido…
As “amizades” à portuguesa são um conceito completamente diferente. Existe amizade entre grupos em vez de clubes o que é algo completamente errado. Um exemplo prático: a Mancha Negra (Académica) tem uma amizade (longa e duradoura) com o Grupo Manks (Benfica), no entanto canta músicas anti-benfica e faz frases contra o clube da Luz. Fará sentido? Não deveria ser algo a rever, até porque a amizade é bem sentida de ambos os lados?
Em Itália amizades já se romperam (e degeneraram em grandes inimizades) por menos.
Voltando ao Cálcio (ok, confesso que nunca o deixámos) analisem bem a próxima Série A: ATALANTA; CAGLIARI; CATANIA; EMPOLI; FIORENTINA; GENOA; INTER; JUVENTUS; LAZIO; LIVORNO; MILAN; NAPOLI; PALERMO; PARMA; REGGINA; ROMA; SAMPDORIA; SIENA; TORINO e UDINESE.
Faltam apenas VERONA, BOLOGNA e BRESCIA para ser um campeonato quase perfeito (em termos de Ultras). Não gostavam de passar lá uma temporada?
O movimento ultra italiano continua (e continuará…) a ser uma referência para muitos. Confesso total admiração por um estilo que com o passar dos anos tem sabido adaptar-se às novas realidades (e modas) e continua a mostrar-se forte mesmo com as medidas de repressão que cada vez mais vão tentando estrangular os ultras. No entanto, em Itália, os ultras e a sua cultura são parte integrante da sociedade (isto não são “tretas”, são ilações retiradas no “terreno”) e muito dificilmente o poder estatal (políticos + polícias) conseguirá impedir os ultras de levarem a sua avante. É que quando dão “diffide” a alguém, aparecem logo mais “camadas jovens” para entrar na “Curva”. É assim o movimento italiano. Sempre a rejuvenescer.
No entanto estas linhas hoje têm um assunto particular: Gemellaggio.
O Genoa e o Napoli ascenderam ontem à Série A italiana, da qual estavam afastados há demasiado tempo. Calhou em destino que o último jogo do calendário da Série B fosse entre esses velhos amigos. E calhou em destino também que o jogo fosse decisivo (mais para o Genoa que para o Napoli) na ascenção à primeira categoria.
Deu empate, e com o empate caseiro do Piacenza (as regras da série B implicam que haja uma diferença do 3º para o 4º classificado igual ou superior a 10 pontos para não existir play off) ambas subiram.
O que se seguiu? Uma festa comum em pleno relvado do Luigi Ferraris. Ultra, adeptos, jogadores e dirigentes abraçados a festejar a subida. Seria possível em Portugal? Duvido… Os jornalistas que tanto atacam as claques (salvo raras excepções) iriam enaltecer esse espírito? Duvido…
As “amizades” à portuguesa são um conceito completamente diferente. Existe amizade entre grupos em vez de clubes o que é algo completamente errado. Um exemplo prático: a Mancha Negra (Académica) tem uma amizade (longa e duradoura) com o Grupo Manks (Benfica), no entanto canta músicas anti-benfica e faz frases contra o clube da Luz. Fará sentido? Não deveria ser algo a rever, até porque a amizade é bem sentida de ambos os lados?
Em Itália amizades já se romperam (e degeneraram em grandes inimizades) por menos.
Voltando ao Cálcio (ok, confesso que nunca o deixámos) analisem bem a próxima Série A: ATALANTA; CAGLIARI; CATANIA; EMPOLI; FIORENTINA; GENOA; INTER; JUVENTUS; LAZIO; LIVORNO; MILAN; NAPOLI; PALERMO; PARMA; REGGINA; ROMA; SAMPDORIA; SIENA; TORINO e UDINESE.
Faltam apenas VERONA, BOLOGNA e BRESCIA para ser um campeonato quase perfeito (em termos de Ultras). Não gostavam de passar lá uma temporada?