No final de cada época (ou virar de página) há que ter capacidade para conseguir fazer um balanço e prognósticos (ou desejos) para um futuro que se quer minimamente risonho.
Não pretendo analisar directamente os Diabos, pois cabe esse papel a todos os que frequentam o Grupo diariamente. Diariamente na sede, nos nossos espaços, na nossa curva. Só assim se sente. Só assim se opina… No Grupo.
Quero antes analisar mais profundamente. Ou pelo menos tentar.
O movimento ultras é um fenómeno que me fascina e acompanho (e tento vivê-lo) desde o início da década de 90, quando acontece um “boom” com o aparecimento dos No Name no Benfica e o grande crescimento da Juve Leo no Sporting. Grupos que atingiram dimensões e atitude que nunca (mesmo nunca) se voltarão a repetir em Portugal. E isto porquê?
Esse conceito está morto.
O conceito de grupo único, com uma liderança de uma figura (como o exemplo do Palumella falado no artigo anterior) está completamente ultrapassado. Gerou problemas em Portugal como por toda a Europa, e cada vez mais o caminho é outro. Uma curva, vários grupos. É assim em todo o lado. Será assim em Portugal. No entanto a nossa mentalidade “pequenina” (a meu ver) é o maior obstáculo para o caminho certo, e a alternativa ao caminho certo temo que seja a morte. Pura e simples. O Benfica em meados dos anos 90 tentou essa possibilidade na Luz, tentando juntar Diabos, Raça Benfiquista e No Name na mesma bancada. Falhou. No Porto há o exemplo mais recente, com os SD e o Colectivo na mesma bancada. Falhou. E hoje em dia, com os novos Estádios do Euro e com as SAD’s e políticas de bilheteira essas oportunidades (para mim são oportunidades) não voltarão a acontecer. Um pouco por todo o lado há pequenos grupos que se assumem nos grupos maiores (ou mesmo fora deles, assumindo posturas que assumem alguma coragem, já que a política dos clubes não permite que isso aconteça) visando claramente esse caminho, esse futuro. No entanto continuarão (por conveniência alguns) sempre na sombra de grupos maiores. O conceito de Curva pura e simplesmente não existe. Não existe o cântico de “Curva” mas o cântico de grupo (há excepções, mas demasiado poucas), não existe a deslocação de Curva, não existe o respeito pela faixas, pelas diferenças. Há uma minoria que pensa assim, mas está completamente sujeita a esse papel. De minoria. Será a nova geração capaz de pensar mais assim? Mais “para a frente” sem procurar o papel de “pequeninos e remediados” ? Capaz de criar Curvas livres e activas? Sem o espartilho do poder das autoridades, das Ligas, dos Clubes, dos bilhetes, dos lugares marcados, das associações de claques, dos claqueiros? Gostava muito de (voltar) a viver esse período. Ultras e Livres. Mas cada vez mais vejo isso como uma miragem, no entanto é proibido desistir. O futuro ainda é nosso.
- Adeptos + Ultras
No final de cada época (ou virar de página) há que ter capacidade para conseguir fazer um balanço e prognósticos (ou desejos) para um futuro que se quer minimamente risonho.
Não pretendo analisar directamente os Diabos, pois cabe esse papel a todos os que frequentam o Grupo diariamente. Diariamente na sede, nos nossos espaços, na nossa curva. Só assim se sente. Só assim se opina… No Grupo.
Quero antes analisar mais profundamente. Ou pelo menos tentar.
O movimento ultras é um fenómeno que me fascina e acompanho (e tento vivê-lo) desde o início da década de 90, quando acontece um “boom” com o aparecimento dos No Name no Benfica e o grande crescimento da Juve Leo no Sporting. Grupos que atingiram dimensões e atitude que nunca (mesmo nunca) se voltarão a repetir em Portugal. E isto porquê?
Esse conceito está morto.
O conceito de grupo único, com uma liderança de uma figura (como o exemplo do Palumella falado no artigo anterior) está completamente ultrapassado. Gerou problemas em Portugal como por toda a Europa, e cada vez mais o caminho é outro. Uma curva, vários grupos. É assim em todo o lado. Será assim em Portugal. No entanto a nossa mentalidade “pequenina” (a meu ver) é o maior obstáculo para o caminho certo, e a alternativa ao caminho certo temo que seja a morte. Pura e simples. O Benfica em meados dos anos 90 tentou essa possibilidade na Luz, tentando juntar Diabos, Raça Benfiquista e No Name na mesma bancada. Falhou. No Porto há o exemplo mais recente, com os SD e o Colectivo na mesma bancada. Falhou. E hoje em dia, com os novos Estádios do Euro e com as SAD’s e políticas de bilheteira essas oportunidades (para mim são oportunidades) não voltarão a acontecer. Um pouco por todo o lado há pequenos grupos que se assumem nos grupos maiores (ou mesmo fora deles, assumindo posturas que assumem alguma coragem, já que a política dos clubes não permite que isso aconteça) visando claramente esse caminho, esse futuro. No entanto continuarão (por conveniência alguns) sempre na sombra de grupos maiores. O conceito de Curva pura e simplesmente não existe. Não existe o cântico de “Curva” mas o cântico de grupo (há excepções, mas demasiado poucas), não existe a deslocação de Curva, não existe o respeito pela faixas, pelas diferenças. Há uma minoria que pensa assim, mas está completamente sujeita a esse papel. De minoria. Será a nova geração capaz de pensar mais assim? Mais “para a frente” sem procurar o papel de “pequeninos e remediados” ? Capaz de criar Curvas livres e activas? Sem o espartilho do poder das autoridades, das Ligas, dos Clubes, dos bilhetes, dos lugares marcados, das associações de claques, dos claqueiros? Gostava muito de (voltar) a viver esse período. Ultras e Livres. Mas cada vez mais vejo isso como uma miragem, no entanto é proibido desistir. O futuro ainda é nosso.
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