Depois de um jogo na Luz onde ficou patente mais uma vez o fraco plantel do SLB e uma surpreendente massa humana que os alemães trouxeram para apoiar seguiu-se a deslocação à Alemanha. Para a equipa a obrigação de “defender” um magro 1-0. Para nós a obrigação de representar o Grupo num território que pelos vistos (depois das cenas em Lisboa) parecia algo hostil. No fundo acabou por ser uma excelente surpresa.
Não vou perder tempo a falar em mais uma triste exibição, nos falhanços defensivos, no Luís Filipe ou como o Mantorras parece melhor que o Makukula. Isso fica para os “experts” do jogo da bola.
Vou falar de adeptos.
Nuremberga, Alemanha, União Europeia.
Na Alemanha, ao que saiba, não existem claques legalizadas. O que assisti em Nuremberga era sem dúvida alguma o que gostava de ver na Luz. Um estádio completamente repleto (ok, aqui há um problema. O Estádio chama-se easyCredit Stadion. Mas os ultras chamam-lhe Max Morlock. Em homenagem a um antigo jogador) mesmo estando o clube nos últimos lugares do campeonato local (comparem apenas e só com as assistências do Benfica para a Taça de Portugal, uma competição que ainda podemos vencer sem recorrer a mágicas fórmulas matemáticas que visam esconder a gritante realidade), uma curva com vários grupos a cantar a uma só voz (grupo dominante os Ultras Nurnberg), bandeiras no tartan, etc etc etc. O preço do bilhete era 25€. Um bocado caro é verdade. Mas o mesmo permite viajar gratuitamente nos transportes públicos e se compararmos o nível salarial alemão com o nosso acabamos por achar um preço bastante acessível…
Que dizer do tifo inicial? Que dizer do apoio constante? Que dizer dos adeptos do Nuremberga que nas bancadas junto a nós se levantavam e se juntavam aos cânticos e palmas vindo da curva oposta?
Bem, ali no meio dos adeptos portugueses confesso que tive tristeza de estar ali. De ver o pessoal dos DV (uma presença de cerca de 60 membros com uma boa deslocação do pessoal de Paris, Bélgica, Suiça e Luxemburgo e um bom grupo vindo de Portugal) a puxar (assim como os NN no anel superior) e ver aqueles adeptos portugueses, na sua maioria emigrantes que vêm o Benfica poucas vezes ao ano, a pura e simplesmente a assistir ao jogo como de cinema se tratasse. Apoio nulo. Nem os “Benfica, Benfica, Benfica” nem o “Glorioso SLB”. Uma massa amorfa. Péssimo.
Pensei que seria um problema daquela gente (sem qualquer sentido pejorativo) e que o público português não fosse tão mau. Mas somos. Realmente somos. Somos maus e não é apenas no apoio. Somos maus em quase tudo. Inventamos leis por tudo e por nada, a justiça não funciona, temos uma polícia com demasiados casos de corrupção, o nosso dirigismo desportivo é uma vergonha, os políticos nem vê-los a Justiça não existe e que dizer de uma classe jornalística que (ao contrário dos países mais “desenvolvidos”) parece claramente domesticada pelo grande poder (seja ele de quem for). Portugal é cada vez mais um sitio pior para se viver e ninguém diz nada. Tudo se cala e se conforma. E nós os Ultras? Ultras? Existe esse tal movimento Ultra? Não creio. Está morto e enterrado e ninguém faz nada para o salvar. O Movimento Ultra dos cortejos, dos tifos, das bandeiras, dos cânticos apenas encontra aqui e ali uns balões de oxigénio onde consegue sobreviver. Não se enganem. O movimento Ultra regulamentado e seguindo leis estipuladas por quem nada percebe de nós (não estou a falar de leis que punem crimes independentemente de se efectuarem em estádios ou não. Um crime é para ser punido) não é movimento ultra como tal. Não é.
Depois da Alemanha segue-se um jogo em casa com mais uma exibição deprimente. O Sector está no entanto mais composto quiçá com a aproximação do Derby, no entanto o sentimento é o mesmo. O nosso público não presta. Não é o do Benfica. É o português. Não tem a paixão do Italiano, o humor do britânico ou a organização e mecânica que vi na Alemanha. Somos iguais a nós próprios. Com umas centelhas aqui e ali de paixão que os poucos que ainda vão a um estádio com a sua bandeira ou com o seu cântico tentam contrariar. Infelizmente tudo isso é efémero e dura pouco. Aparecem novas tendências, novas modas e …. É o costume
Chego a casa na segunda e ligo a TV na Sic Notícias. O Dias Ferreira comenta a violência do ataque ao Rui Santos. Lembro-me de casos semelhantes e igualmente cobardes. O Dias Ferreira alerta para a preocupação que está a ser viver neste país. E alerta que os jovens já não querem aqui viver. Pela primeira vez concordei com ele. Vejo a capa da Bola de terça e lembro-me de outras capas. Espero que te ouçam Dias Ferreira… É que eu confesso que estou desejoso de me pôr a andar…
Depois de um jogo na Luz onde ficou patente mais uma vez o fraco plantel do SLB e uma surpreendente massa humana que os alemães trouxeram para apoiar seguiu-se a deslocação à Alemanha. Para a equipa a obrigação de “defender” um magro 1-0. Para nós a obrigação de representar o Grupo num território que pelos vistos (depois das cenas em Lisboa) parecia algo hostil. No fundo acabou por ser uma excelente surpresa.
Não vou perder tempo a falar em mais uma triste exibição, nos falhanços defensivos, no Luís Filipe ou como o Mantorras parece melhor que o Makukula. Isso fica para os “experts” do jogo da bola.
Vou falar de adeptos.
Nuremberga, Alemanha, União Europeia.
Na Alemanha, ao que saiba, não existem claques legalizadas. O que assisti em Nuremberga era sem dúvida alguma o que gostava de ver na Luz. Um estádio completamente repleto (ok, aqui há um problema. O Estádio chama-se easyCredit Stadion. Mas os ultras chamam-lhe Max Morlock. Em homenagem a um antigo jogador) mesmo estando o clube nos últimos lugares do campeonato local (comparem apenas e só com as assistências do Benfica para a Taça de Portugal, uma competição que ainda podemos vencer sem recorrer a mágicas fórmulas matemáticas que visam esconder a gritante realidade), uma curva com vários grupos a cantar a uma só voz (grupo dominante os Ultras Nurnberg), bandeiras no tartan, etc etc etc. O preço do bilhete era 25€. Um bocado caro é verdade. Mas o mesmo permite viajar gratuitamente nos transportes públicos e se compararmos o nível salarial alemão com o nosso acabamos por achar um preço bastante acessível…
Que dizer do tifo inicial? Que dizer do apoio constante? Que dizer dos adeptos do Nuremberga que nas bancadas junto a nós se levantavam e se juntavam aos cânticos e palmas vindo da curva oposta?
Bem, ali no meio dos adeptos portugueses confesso que tive tristeza de estar ali. De ver o pessoal dos DV (uma presença de cerca de 60 membros com uma boa deslocação do pessoal de Paris, Bélgica, Suiça e Luxemburgo e um bom grupo vindo de Portugal) a puxar (assim como os NN no anel superior) e ver aqueles adeptos portugueses, na sua maioria emigrantes que vêm o Benfica poucas vezes ao ano, a pura e simplesmente a assistir ao jogo como de cinema se tratasse. Apoio nulo. Nem os “Benfica, Benfica, Benfica” nem o “Glorioso SLB”. Uma massa amorfa. Péssimo.
Pensei que seria um problema daquela gente (sem qualquer sentido pejorativo) e que o público português não fosse tão mau. Mas somos. Realmente somos. Somos maus e não é apenas no apoio. Somos maus em quase tudo. Inventamos leis por tudo e por nada, a justiça não funciona, temos uma polícia com demasiados casos de corrupção, o nosso dirigismo desportivo é uma vergonha, os políticos nem vê-los a Justiça não existe e que dizer de uma classe jornalística que (ao contrário dos países mais “desenvolvidos”) parece claramente domesticada pelo grande poder (seja ele de quem for). Portugal é cada vez mais um sitio pior para se viver e ninguém diz nada. Tudo se cala e se conforma. E nós os Ultras? Ultras? Existe esse tal movimento Ultra? Não creio. Está morto e enterrado e ninguém faz nada para o salvar. O Movimento Ultra dos cortejos, dos tifos, das bandeiras, dos cânticos apenas encontra aqui e ali uns balões de oxigénio onde consegue sobreviver. Não se enganem. O movimento Ultra regulamentado e seguindo leis estipuladas por quem nada percebe de nós (não estou a falar de leis que punem crimes independentemente de se efectuarem em estádios ou não. Um crime é para ser punido) não é movimento ultra como tal. Não é.
Depois da Alemanha segue-se um jogo em casa com mais uma exibição deprimente. O Sector está no entanto mais composto quiçá com a aproximação do Derby, no entanto o sentimento é o mesmo. O nosso público não presta. Não é o do Benfica. É o português. Não tem a paixão do Italiano, o humor do britânico ou a organização e mecânica que vi na Alemanha. Somos iguais a nós próprios. Com umas centelhas aqui e ali de paixão que os poucos que ainda vão a um estádio com a sua bandeira ou com o seu cântico tentam contrariar. Infelizmente tudo isso é efémero e dura pouco. Aparecem novas tendências, novas modas e …. É o costume
Chego a casa na segunda e ligo a TV na Sic Notícias. O Dias Ferreira comenta a violência do ataque ao Rui Santos. Lembro-me de casos semelhantes e igualmente cobardes. O Dias Ferreira alerta para a preocupação que está a ser viver neste país. E alerta que os jovens já não querem aqui viver. Pela primeira vez concordei com ele. Vejo a capa da Bola de terça e lembro-me de outras capas. Espero que te ouçam Dias Ferreira… É que eu confesso que estou desejoso de me pôr a andar…
- Alô ?
- Não tem nada a ver com frutas e cafés pois não?
- Alô ?
- Não tem nada a ver com frutas e cafés pois não?
Saudações Ultras à autoridade que continua a atropelar os direitos básicos dos adeptos e a interpretar as leis como bem entendem.
Boa prestação DV. Boa presença, 90 minutos a cantar e ... Cor !!!
Saudações Ultras à autoridade que continua a atropelar os direitos básicos dos adeptos e a interpretar as leis como bem entendem.
Boa prestação DV. Boa presença, 90 minutos a cantar e ... Cor !!!
. Game Over... Insert Coin....
. Adepto
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