
Isto de escrever em blogs é um pouco como os passes do Aimar, os remates de longe do Carlos Martins ou os golos do Tacuara... ou há inspiração ou não vale a pena entrar em campo... como tal, e agora que ela vai voltando (assim como, dizem, o bom velho Roberto de Zaragoza) vale a pena escrever...
E desde o jogo do Sporting, a última escrita mais séria por aqui, que muito se passou. O Benfica foi ganhar à Madeira ao Marítimo por 1-0, no que seria o primeiro jogo após o (ridículo) apelo da Direcção do Benfica para os adeptos deixarem de acompanhar o seu clube. E foi também na Madeira que o Roberto valeu os primeiros pontos (não deixa de ser irónico pois foi na Madeira que quase hipotecou a sua carreira na Luz).

Seguiu-se o jogo com o Schalke na Alemanha. E esse jogo serviu-me para perceber que o Jesus, no meio de toda a sua sapiência táctica e sobretudo na sua capacidade para fazer "crescer" jogadores (porventura as suas duas mais valias) ainda não teve a humildade suficiente para entender que a Champions League é a competição de clubes mais exigente do Mundo. E que os erros se pagam caro. Uma derrota sem espinhas com apenas uns 15 a 20 minutos de bom futebol encarnado (em Lyon nem chegaram a tanto). Boa presença DV e dos Benfiquistas em geral.
Após o compromisso Europeu surge um difícil jogo frente ao Braga. Uma "bomba" do Carlos Martins selou o triunfo perto do fim. Não fui à Luz. Nesse dia os U2 ganharam ao Benfica, mas festejei a vitória como se na bancada estivesse. Abraçado a um velho companheiro de Curva (daqueles que já não existem) como se dois loucos se tratassem entre o final dos Interpol e o início dos acordes da (perdoem-me) melhor banda do Mundo.

O jogo frente ao Arouca estava destinado a ser um daqueles com pouco para contar (a excepção nos últimos anos foi porventura o Gondomar... e aos anos que isso já foi). No entanto acabou por ser um marco na história dos DV. Não apenas esta época. Mas da História em si. Grande acção que podem seguir
aqui. Isto meus caros... é Ultras !
Passado uns dias começou o stress para a viagem a Lyon. As greves em França estavam a provocar problemas nas ligações aéreas. No entanto, e com alguns atrasos, lá o pessoal conseguiu viajar e juntamente com o pessoal que viajou de carro de Portugal e dos núcleos DV espalhados pela Europa (aos "velhinhos" de Paris e Luxemburgo juntou-se malta da Bélgica e de Lausanne). Mais uns bons momentos em L

yon. Especialmente quando a equipa já perdia por 2-0 e porventura jogava o pior futebol da época. Isto meus caros... é Ultras !
Excelente presença benfiquista (com NN e DV bem representados) que merecia outro resultado e exibição do Benfica.
De resto nada a assinalar. Os Bad Gones e a Curva Sul de Lyon são bons, mas em Marseille (por comparação directa) o ambiente fora muito mais "quente". Ainda assistimos "in loc

o" às pequenas "revoluções francesas" na principal praça de Lyon. E mais uma vez comprovamos que pequenos motins organizados e localizados podem ser empolados pela Comunicação Social. Enquanto recebia sms's de Portugal a dizer que Lyon estava em "estado de sítio", passeávamos tranquilamente pela cidade...
Finalizo com o Portimonente. O "furo" ao boicote. DV com cerca de 100 elementos e os NN com cerca de 500. Que tal isto para um "boicote" num domingo à noite no Algarve? O apoio por vezes pareceu de "boicote" (especialmente até ao golo do Javi Garcia) mas a presença de benfiquistas foi bem considerável.
Os DV voltaram a mostrar intervenção que acredito que possa não agradar à SAD do SLB.
Frase para o nosso Nuno "Gomes". Ele é o capitão e merece...
O jogo com o Portimonense (em Faro) podia ter sido tranquilo e uma noite perfeita, no entanto assisti a uma cena preocup

ante. Uma pessoa ao meu lado foi identificada pelos Spotters de serviço como o responsável por abrir uma tocha no golo do Benfica. Tenho a absoluta certeza que não foi essa pessoa. E este circo já fora visto anteriormente num jogo na Figueira da Foz.

Provavelmente esta pessoa irá a tribunal, e vai ser absolvida por facilmente arranjará 10 ou 20 testemunhas que comprovem a veracidade da história contra a versão policial. Agora várias dúvidas me assolam: como é possível vir a gastar dinheiros públicos num processo sem qualquer meio de prova a não ser o “olho de falcão” de um agente da autoridade que fez o exercício de identificar uma pessoa com um casaco vermelho numa bancada de benfiquistas ? É possível que isto seja uma escolha aleatória de uma “vítima” da acção policial de forma a “travar” o uso de tochas por parte do Grupo que provavelmente mais as usa em Portugal ?
Não percam as cenas dos próximos capítulos… “porque nós também não”…